Representantes das comunidades, do governo local, de entidades e empresários assistiram à apresentação dos trabalhos dos estudantes
Ensinamentos viram práticas sociais em bairros de Jundiaí. Alunos avaliam condições de vida da população e tomam iniciativas com o apoio da unidade e da rede social.
Nada melhor que os próprios moradores da cidade para falar das características locais e apontar mudanças. No Senac Jundiaí (JUN), os estudantes dos programas
Agente de Desenvolvimento Local e
Gestor de Projetos Sociais mostraram que essa é uma boa solução para problemas da comunidade. Eles foram a alguns bairros para identificar as principais necessidades e, durante o encontro da Rede Social Jundiaí, em 7/12, no auditório da unidade, apresentaram os diagnósticos e algumas ações efetivas.
A reunião, feita geralmente entre os integrantes das entidades ligadas à rede, foi ampliada para lideranças comunitárias, representantes do governo local, empresários e outros convidados. "Essa importante articulação dá mais visibilidade ao Senac, e o contato com o poder público de Jundiaí e dos municípios vizinhos traz novos negócios. Por isso, a unidade e a Gerência de Atendimento Corporativo (GAC) sempre trabalham próximas", enfatiza Robert dos Anjos, mediador da rede social.
Avaliação participativaOs 16 alunos do Agente de Desenvolvimento Local exibiram para o público os estudos produzidos com 50 habitantes da cidade, realizados como projetos finais de curso. Eles fizeram um resgate da história de Jundiaí, expuseram os
mapas verdes da localidade e também a visão de futuro elaborada com base nessas análises. Por conta da iniciativa da turma, atividades de desenvolvimento local já estão sendo implantadas pela rede social nos bairros Vila Ana, Novo Horizonte, São Camilo e Vila Real.
Já nos trabalhos dos 22 estudantes do Gestor de Projetos Sociais foram envolvidas cerca de 30 organizações da Rede Social Jundiaí, além do setor de informática de JUN, que criou sites para algumas delas. As ideias expostas tinham o objetivo de otimizar o gerenciamento das entidades estudadas. Robert conta que duas organizações surgiram graças ao grupo: a Associação pela Liberdade, Igualdade e Apoio de Orientação Sexual (Aliados) e a
Associação Cultural Iê Aruandê, cujos planejamentos estratégicos e finalidades sociais também foram apresentados no encontro.
Visão de futuro outra ação partiu de Renata Prezotto, aluna do curso. Ela aproximou-se do Poder Judiciário e levou a Jundiaí um desafio que está previsto legalmente: o envolvimento dos moradores com a reabilitação de ex-detentos por meio do Conselho da Comunidade. Esse órgão, previsto pela Lei de Execuções Penais desde 1984, ainda não foi fundado, mas a partir de um encontro em 12/11 com Jefferson Torelli, juiz de execuções criminais, houve o reconhecimento do trabalho como o primeiro passo para a criação do conselho e, consequentemente, a redução da reincidência na criminalidade.
"A expertise da metodologia do Senac está em, antes de elaborar projetos, promover um diagnóstico participativo, para que a própria comunidade possa planejar a sua visão de futuro, e, por meio da captação de recursos, execute os trabalhos", ressalta.
Duas entidades da rede social conheceram, por meio da atuação dos alunos, os caminhos para a obtenção de verbas públicas e já deram entrada às solicitações. O Clube 28 de Setembro foi contemplado no Edital Pontos de Cultura, do governo federal, e a Casa Santa Marta espera a aprovação da Secretaria Municipal de Integração Social (Semis). O Senac JUN oferecerá, em 2010, outros dois títulos – dentro da gratuidade – para dar sequência aos trabalhos:
Captador de Recursos e
Empreendedor em Pequenos Negócios.