A Associação Iê Aruandê vem por meio deste declarar as ações realizadas, na execução Convênio – processo nº 22.721- 4/2013, estabelecido em 24 de fevereiro de 2014, entre a Associação Cultural Iê Aruandê, CNPJ: 11.484.697/0001-30 e a Prefeitura do Município de Jundiaí, LEI(S) AUTORIZADORA(S): Lei 6.561/05 OBJETO: Implantação e operacionalização do Consultório de Rua de Jundiaí, no ano de 2017.
Consultório
de Rua foi constituido em 24 de feveiro 2014, no Município de Jundiaí, como a
primeira abordagem psicossocial de fato no espaço de Rua. Este foi um ponto
determinante para o início da adquação do fluxo e estrutução da Rede de Atenção
Psicossocial de Jundiaí, para isso foram realizadas quatro estratégias
fundamentais.
A
partir de julho de 2017, quando ocorreu a habilitação no Ministério da Saúde para modalidade de Consultório na Rua
III, a equipe de Consultório na Rua (eCR) se constituiu como “pontos de atenção”
da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), locada como componente integrante da
Atenção Básica com uma transversalidade na Saúde Mental, sendo gerida dentro do
escopo da Coordenação de Saúde Mental, constituída por profissionais que aturam
de forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em
situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde.
Conforme é sabido, o acesso dos
profissionais de saúde à população de rua é complexo. Além das dificuldades
para realizar anamneses e exames físicos, tais profissionais lidam com usuários
que apresentam grandes dificuldades para acessar outros serviços de saúde,
dadas as condições de intensa vulnerabilidade em que se encontram.
Desta forma, a equipe de Consultório
na Rua atou em consonância aos princípios do SUS, de universalidade,
integralidade e equidade, buscando garantir o cuidado em saúde e o acesso às
ofertas, mesmo àqueles que, por diversas razões, encontram maiores dificuldades
em acessar os serviços.
As ações da eCR realizadas foram: Cadastramento
das pessoas atendidas (CNS); orientação em saúde; cuidado para pessoas com
consumo importante de álcool e outras drogas; avaliação dos marcadores
alimentares; ações de redução de danos; levantamento das demandas clínicas; prevenção
e cuidado em DTS/AIDS; consulta clínica e cuidados de enfermagem; promoção da
integralidade com outros setores públicos a fim de promover um PTS ( Projeto
Terapêutico Singular) mais amplo; ações de fortalecimento dos territórios
considerados vulneráveis e cenas de uso intenso; articulação da rede de apoio;
Acompanhamento terapêutico; atenção à crise; apoio matricial; auxílio no
cuidado com usuários portadores de Tuberculose; apoio na campanha de vacinação;
auxílio e cuidado para gestantes em situação de rua: reunião para
fortalecimento da rede de atenção intersetorial de atendimento à pessoa em
situação de rua; notificação de violência; alinhamento e acionamento da
Vigilância Epidemiológica, SAMU e Defensoria Pública, bem como os outros pontos
da Atenção da Rede Psicossocial (RAPS).
Os territórios com maiores
incidência de solicitações foram o Jardim São Camilo, Jardim FEPASA, Região
Central e seu entorno.
As principais demandas levantadas
foram: pessoas vitimas de espancamento, pessoas com consumo importante de
álcool e outras drogas, pessoas sem acompanhamento regular portadoras do vírus
HIV, gestantes, pessoas com necessidade de cuidado clínico e de enfermagem, pessoas
portadoras de sofrimento psíquicos, situações de conflito, pessoas com necessidade
de acompanhamento e cuidado na questão da Tuberculose, pessoas vitimas de
violência entre outras.
Impacto sócio econômico: ampliação
na atenção e cuidado com as pessoas portadoras de sofrimento psíquico
decorrentes ou não do uso de substâncias psicoativas; ampliação dos mecanismos
e estratégias de doenças epidemiológicas e infecciosas na população em situação
de rua; diminuição dos custos do município com gastos evitáveis (deslocamento
de unidades de urgência/ gastos com serviços terciários), diminuição da
desigualdade social, ampliação das ações de equidade, diminuição da violência
urbana, diminuição do ciclo de violência contra pessoas vulneráveis.
Atendimentos da equipe multi profissional 8.168
Atendimentos da equipe multi profissional 8.168
Descrição
(em maior prevalência)
|
Número
de atendimentos
|
À
pessoas com prevalência do uso prejudicial de álcool
|
1732
|
À
pessoas com prevalência uso prejudicial de Crack
|
2839
|
À
pessoas em situação de rua portadoras de transtornos mentais crônicos
|
521
|
Ações
de atenção às Gestantes
|
1092
|
Ações
de prevenção e cuidado às DSTs
|
472
|
Atenção
as pessoas com necessidade de cuidados de enfermagem
|
927
|
Intervenções em
Campo:
Quant.
|
Ações executadas:
|
963
|
Acolhimento e escuta
qualificada; Intervenções
biopsicossociais no espaço da rua; Práticas e ações de prevenção e promoção
da saúde sob a lógica da Redução de Danos, voltadas para grupos considerados de maior
risco, buscando evitar os agravos decorrentes do uso de álcool e outras
drogas.
|
138
|
Reuniões
com a Equipe a fim de discutir questões relacionadas a prática, tais como
planejamento das atividades, discussões de casos, supervisão das situações,
dos avanços e dificuldades vivenciadas pela equipe em alcançar as metas
propostas,
|
514
|
Articulação
da rede primária de saúde (UBS, ESF, NASF); Articulação da rede assistência
social (CREAS, CRAS, Abrigo, Centro POP); Articulação da rede de atenção de
Saúde Mental (CAPS AD III, CAPSIJ, CAPS III, CAPS II, Enf. De Retaguarda no
HSV);
|
131
|
Ações
para o resgate e/ou fortalecimento dos laços comunitários e familiares;
|