segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Relatório de Atividades - Consultório na Rua de Jundiaí - ano 2017 Atualização em 05/02/2018

        
 A Associação Iê Aruandê vem por meio deste declarar as ações realizadas, na execução Convênio – processo nº 22.721- 4/2013, estabelecido em 24 de fevereiro de 2014, entre a Associação Cultural Iê Aruandê, CNPJ: 11.484.697/0001-30 e a Prefeitura do Município de Jundiaí, LEI(S) AUTORIZADORA(S): Lei 6.561/05 OBJETO: Implantação e operacionalização do Consultório de Rua de Jundiaí, no ano de 2017.
Consultório de Rua foi constituido em 24 de feveiro 2014, no Município de Jundiaí, como a primeira abordagem psicossocial de fato no espaço de Rua. Este foi um ponto determinante para o início da adquação do fluxo e estrutução da Rede de Atenção Psicossocial de Jundiaí, para isso foram realizadas quatro estratégias fundamentais.
A partir de julho de 2017, quando ocorreu a habilitação no Ministério da  Saúde para modalidade de Consultório na Rua III, a equipe de Consultório na Rua (eCR) se constituiu como “pontos de atenção” da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), locada como componente integrante da Atenção Básica com uma transversalidade na Saúde Mental, sendo gerida dentro do escopo da Coordenação de Saúde Mental, constituída por profissionais que aturam de forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde.
Conforme é sabido, o acesso dos profissionais de saúde à população de rua é complexo. Além das dificuldades para realizar anamneses e exames físicos, tais profissionais lidam com usuários que apresentam grandes dificuldades para acessar outros serviços de saúde, dadas as condições de intensa vulnerabilidade em que se encontram.
Desta forma, a equipe de Consultório na Rua atou em consonância aos princípios do SUS, de universalidade, integralidade e equidade, buscando garantir o cuidado em saúde e o acesso às ofertas, mesmo àqueles que, por diversas razões, encontram maiores dificuldades em acessar os serviços.

As ações da eCR realizadas foram: Cadastramento das pessoas atendidas (CNS); orientação em saúde; cuidado para pessoas com consumo importante de álcool e outras drogas; avaliação dos marcadores alimentares; ações de redução de danos; levantamento das demandas clínicas; prevenção e cuidado em DTS/AIDS; consulta clínica e cuidados de enfermagem; promoção da integralidade com outros setores públicos a fim de promover um PTS ( Projeto Terapêutico Singular) mais amplo; ações de fortalecimento dos territórios considerados vulneráveis e cenas de uso intenso; articulação da rede de apoio; Acompanhamento terapêutico; atenção à crise; apoio matricial; auxílio no cuidado com usuários portadores de Tuberculose; apoio na campanha de vacinação; auxílio e cuidado para gestantes em situação de rua: reunião para fortalecimento da rede de atenção intersetorial de atendimento à pessoa em situação de rua; notificação de violência; alinhamento e acionamento da Vigilância Epidemiológica, SAMU e Defensoria Pública, bem como os outros pontos da Atenção da Rede Psicossocial (RAPS).
            Os territórios com maiores incidência de solicitações foram o Jardim São Camilo, Jardim FEPASA, Região Central e seu entorno.

            As principais demandas levantadas foram: pessoas vitimas de espancamento, pessoas com consumo importante de álcool e outras drogas, pessoas sem acompanhamento regular portadoras do vírus HIV, gestantes, pessoas com necessidade de cuidado clínico e de enfermagem, pessoas portadoras de sofrimento psíquicos, situações de conflito, pessoas com necessidade de acompanhamento e cuidado na questão da Tuberculose, pessoas vitimas de violência  entre outras.

            Impacto sócio econômico: ampliação na atenção e cuidado com as pessoas portadoras de sofrimento psíquico decorrentes ou não do uso de substâncias psicoativas; ampliação dos mecanismos e estratégias de doenças epidemiológicas e infecciosas na população em situação de rua; diminuição dos custos do município com gastos evitáveis (deslocamento de unidades de urgência/ gastos com serviços terciários), diminuição da desigualdade social, ampliação das ações de equidade, diminuição da violência urbana, diminuição do ciclo de violência contra pessoas vulneráveis. 
                                        Atendimentos da equipe multi profissional 8.168
Descrição (em maior prevalência)
Número de atendimentos
À pessoas com prevalência do uso prejudicial de álcool
1732
À pessoas com prevalência uso prejudicial de Crack
2839
À pessoas em situação de rua portadoras de transtornos mentais crônicos
521
Ações de atenção às Gestantes
1092
Ações de prevenção e cuidado às DSTs
472
Atenção as pessoas com necessidade de cuidados de enfermagem
927
Intervenções em Campo:

Quant.
Ações executadas:
963
Acolhimento e escuta qualificada; Intervenções biopsicossociais no espaço da rua; Práticas e ações de prevenção e promoção da saúde sob a lógica da Redução de Danos, voltadas para grupos considerados de maior risco, buscando evitar os agravos decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
138
Reuniões com a Equipe a fim de discutir questões relacionadas a prática, tais como planejamento das atividades, discussões de casos, supervisão das situações, dos avanços e dificuldades vivenciadas pela equipe em alcançar as metas propostas,
514
Articulação da rede primária de saúde (UBS, ESF, NASF); Articulação da rede assistência social (CREAS, CRAS, Abrigo, Centro POP); Articulação da rede de atenção de Saúde Mental (CAPS AD III, CAPSIJ, CAPS III, CAPS II, Enf. De Retaguarda no HSV);
131
Ações para o resgate e/ou fortalecimento dos laços comunitários e familiares;

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